sábado, 28 de outubro de 2017

CENTENÁRIO DA ESCRITORA PARAENSE LINDANOR CELINA

A Biblioteca Comunitária Antonio Tavernard vem congratular-se com às celebrações do Centenário de nascimento da escritora paraense LINDANOR CELINA COELHO CASHA assinalados no dia 21 de outubro de 2017. 


Fonte: Memória da Literatura do Pará


Sua breve biografia.....

Lindanor nasceu em Castanhal, mas, como ela mesmo afirmava, abriu os olhos para o mundo no município de Bragança. Aos 11 anos de idade, mudou-se para Belém e foi interna do Colégio Santo Antônio. Retornou para Bragança como professora, foi aprovada em concurso público federal e nomeada para a cidade de São Luis, casando-se antes de 18 anos de idade na capital maranhense.

Ao ser transferida para Belém, obteve a primeira colocação no concurso nacional promovido pela Aliança Francesa, instituição da qual era aluna. O tema do teste foi a estação de sua preferência. "Eu não conhecia o outono, mas tinha uma paixão por essa estação porque havia lido o Verlaine, eu já cronicava desde 1954, no jornal Folha do Norte, e este concurso foi em 1957". O prêmio foi uma viagem a Paris, onde mais tarde viveria, com os três filhos para criar e separada. Na Folha, escreveu muitos anos na coluna "Minarete". Conviveu com vários jornalistas, poetas e escritores da cidade, mas quem acreditou no trabalho dela foi Machado Coelho, autor da orelha do romance Breve Sempre, em seguida Dalcídio Jurandir e depois o filósofo Benedito Nunes.

No ano de 1963, publicou seu primeiro livro, o romance Menina que vem de Itaiara. Foi citada como romancista de costumes pelo crítico Afrânio Coutinho, em virtude das "cenas e situações do livro que mostram a boa observação da autora".

[1] O Estado de S. Paulo escolhe o romance como "o livro do semestre",[2] marco inicial de uma fecunda trajetória literária, abrindo caminho para Estrada de tempo-foi, Breve sempre, Pranto por Dalcídio Jurandir, A viajante e seus Espantos, Diário da Ilha e Eram assinalados.

Lindanor Celina enriqueceu a literatura regional da Amazônia e é considerada como romancista moderna, mais precisamente pós-moderna[4] por causa da fusão do cotidiano com o ficcionismo mostrado em suas obras.
  
Obras publicadas.....
  • Menina que vem de Itaiara (primeiro romance - 1953, reeditado em 1995)
  • Estradas do tempo-foi (romance, menção especial do III Prêmio Walmap de Literatura em 1969, publicado em 1971)
  • Breve sempre (romance, menção honrosa do IV Prêmio Walmap de Literatura em 1971, publicado em 1973)
  • Afonso contínuo, santo de altar (romance - 1986)
  • Diário da ilha: crônicas (1992)
  • Eram seis assinalados (romance - 1994)
  • Crônicas intemporais (publicado post-mortem em 2003)
  • Para Além dos Anjos: Aquele Moço de Caen (romance - escrito em 1973, publicado post-mortem em 2003)
Fonte:  https://pt.wikipedia.org/wiki/Lindanor_Celina

 

domingo, 22 de outubro de 2017

BIBLIOTECA TAVERNARD COMEMORA MAIS UM DIA DAS CRIANÇAS COM MUITA ALEGRIA E BRINCADEIRAS PARA A COMUNIDADE

A tradicional festa pelo Dia das Crianças, este ano em sua 16ª edição, como não poderia de ser foi marcada por muita alegria, brincadeiras, leitura, música e muita diversão para às crianças da comunidade atendida pela Biblioteca Comunitária Antonio Tavernard.

Brincadeiras e muita diversão no calçadão da Biblioteca Tavernard.
Voluntários da Biblioteca Tavernard promovendo a programação cultural 2017.

O evento ocorreu no dia 12 de outubro entre 16:00h às 20:30h com uma vasta programação cultural:
  • Jogos educativos e lúdicos: dama, tênis de mesa, jogo de botão e pebolim;
  • Brincadeiras tradicionais:pula no saco, pata cega, joga a bola no cesto;
  • Soletrando na Biblioteca: momento bastante interessante onde as crianças testaram seus conhecimentos; 
  • Mediação de Leitura: com narrativas de algumas historias infantis; 
  • Músicas;
As crianças aproveitando a programação cultural na Biblioteca Tavernard. Parabéns pelo seu Dia.
O convidado especial para o evento o personagem Mickey Mouse dançou e fez a alegria da criançada, além de muitas fotos foram registradas com o personagem infantil. 

As crianças encantadas com o personagem infantil.
Mickey Mouse: personagem infantil que esteve presente no Dia das Crianças visitando a Biblioteca Tavernard.
Pintura facial pelo colaborador da Rede Rio de Letras, parceiros na Rede de Bibliotecas.
Houve às 19:00h a apresentação musical do Coral de Flautas da Biblioteca, formado pelos participantes do Projeto Leitura com Música promovido pela Biblioteca desde julho deste ano, tendo como instrutora a jovem Taynara Lima.  

Coral de Flautas da Biblioteca Tavernard na apresentação pelo Dia das Crianças.

As crianças apresentaram cerca de seis músicas, pois apesar do nervosismo, souberam muito bem agradar os presentes (inclusive os pais e responsáveis) com repertório diversificado. Foi linda a apresentação.

Antes do final da programação foi servido um gostoso lanche aos participantes.

Fonte: Biblioteca Tavernard


terça-feira, 10 de outubro de 2017

109 ANOS DE NASCIMENTO DO POETA TAVERNARD


A Biblioteca Comunitária Antonio Tavernard parabeniza pelos 109 anos de nascimento do poeta TAVERNARD.

                                              Parabéns ao patrono da Biblioteca Comunitária. 


109 de nascimento do POETA TAVERNARD
10.10.1908 – 02.05.1936


                                           Antônio de Nazareth Frazão Tavernard

Nasceu em 10 de outubro de 1908, na antiga Vila de São João de Pinheiro, atual Icoaraci. Na Rua Siqueira Mendes nº 585, onde hoje localiza-se a Casa do Poeta. 







Deixou um legado de poesias e prosas que valorizam a cultura regional amazônica;

Filho do teatrólogo Othílio de Alencar Tavernard e Marietta Frazão Tavernard; 

Após o nascimento do futuro poeta, mudou-se para a Av. Conselheiro Furtado, esquina da Generalíssimo Deodoro, em Belém no Retiro São Benedito, onde foi construído o Rancho Fundo (casebre de madeira);

Em 1926, entrou na Faculdade de Direito do Pará, mas não concluiu o primeiro ano em razão da hanseníase;

 Maior parte de suas obras foram produzidas quando ficou doente, sofreu por dez anos de hanseníase e ficou isolado no Rancho Fundo;

 Em 1930, publicou o livro “Fêmea”, trata-se de um conjunto de contos;

Lançou no mesmo ano a comédia “A menina do 20.000”, em parceria com Fernando de Castro;
Escreveu em seguida: “A casa da viúva Costa”; “Seringadela”; “Que tarde” e “Parati”; 

Escreveu ainda “Epopéia Azul”, trata-se de um canto de amor pelo Clube do Remo, além de ter escrito a Letra do Hino Oficial do clube azulino;

Tavernard gostava de livros e era extremamente sensível; 

Mesmo com poucos anos de vida, conseguiu deixar uma vasta produção de poesias e prosas; 

No dia 02 de maio de 1936, um ataque cardíaco fulminante tirava a vida do talentoso poeta icoaraciense.

  Alguns de seus belos poemas: 

Cada um dá o que tem!
- diz o adágio, evangelista da sinceridade !....
Eu digo também,
Pensando nos meus sonhos vãos, dispersos....

Cada um dá o que tem!
Ah! Que verdade!......
A vida deu-me a dor, eu dou-lhe versos......


Obras reunidas de Antônio Tavernard, 1986, pág.47. In: TAVERNARD, Antonio. Místicos e Bárbaros, 1953.
 
 

Similitudes

Nasci em frente ao mar.
Meu primeiro vagido.
Misturou-se ao fragor do seu bramido.

Tenho a vida do mar!
Tenho a alma do mar !

A mesma inquietude indefinível,
que nele é onda, e é em mim anseio,
faz-nos tremer, faz-nos fremir, faz-nos vibrar.
Às vezes, creio
que da minha loucura do impossível
sofre também o mar.
Tenho a sua amplidão iluminada
- o meu amor; e seu velário de brumas
- minha mágoa.

Ruge a tormenta... e o que ele faz com a frágua:
embates colossais,
faço com a minha fé petrificada...
té que tudo se extingue em turbilhões de espumas
e de lágrimas... Destinos abismais!...

Guarda em si tempestades que estraçoam,
Cóleras formidáveis em mim guardo...
Sobre o meu pensamento, idéias voam,
voam alciões sobre o seu dorso pardo...

Meu gigantesco irmão,
Senhor do cataclismo,
se tens, por coração, um negro abismo,
eu tenho, por abismo, um coração.
Dentro de ti, quantos naufrágios, quantos,
de naves rotas pelos vendavais?!...
E, dentro de mim, sob aguaçais de prantos,
quantos naufrágios, quantos, quantos,
de sonhos, de ilusões e de ideais?!...

Faço trovas a alguém que não posso beijar
tal como tu, na angústia de querê-las
sem as poder tocar,
fazes, nas noites brancas de luar,
serenatas inúteis às estrelas...

Sou bem fraco, porém, e tu és forte...
Nada te vencerá, há de vencer-me a morte...
Embora!... Mar morto, água dormida
que por mais nada nem de leve ondeia,
hei de deixar meus versos pela vida,
como tu deixas âmbar pela areia!...

Obras reunidas de Antônio Tavernard, 1986, pág. 82-83. In: TAVERNARD, Antonio. Místicos e Bárbaros, 1953.